História
Aspectos Históricos - Período de 1840 a 1850
A saga dos imigrantes em Apiúna atravessou grandes obstáculos, não sendo diferente de tantas histórias das imigrações do Vale do Itajaí. Seu progresso foi cerceado por disputas pelo poder econômico. Seu crescimento estagnado durante várias décadas, voltando a progredir após a construção da estrada BR 470.
Por volta de 1840, portugueses oriundos do litoral, da região de Tijucas, instalaram-se em Apiúna, no entanto a presença de índios, onças, cobras e as dificuldades naturais de uma nova terra afastaram os intrépidos aventureiros e muito poucos aqui ficaram. Fixaram-se nas proximidades da localidade de Subida.
No período imperial, essa região possuía como habitantes os índios XOCLENG, GUARANIS e BOTOCUDOS. A colonização desta imensa área ocorreu como resultado de uma convergência de interesses capitalistas alemães e da elite agrária paulista. Em outras palavras, os pecuaristas procuravam por um local que favorecesse a produção de gado. Porém a prática da comercialização pecuarista estava prejudicada pelos ataques indígenas, assim sendo as imigrações, resultado de um acordo entre Império e as companhias colonizadoras, foram direcionadas para o sul do país.
Colonização - Período de 1850 a 1934
No dia 2 de setembro de 1850, um imigrante pioneiro, proveniente de terras germânicas Dr. Hermann Bruno Otto Blumenau, juntamente com 17 companheiros, aportava em terras catarinenses, fundando a colônia de Blumenau.
Logo mais tarde novos imigrantes de várias partes da Alemanha se estabeleceram na região. Em 1872 teve início a imigração italiana no Brasil. Na Bacia do rio Itajaí-Açu houve um extraordinário impulso no ano de 1875, quando ali chagaram 1.129 colonos, na maioria provenientes do Tirol italiano. A Itália, recém-saída das guerras de unificação, enfrentando dificuldades internas e externas, facilitava aos seus habitantes a busca de outras terras que lhe dessem agasalho, pão e trabalho. O referido grupo de colonos italianos foi-se localizado as margens de ribeirões, então chamados Cedros, Rodeio, Ascurra, etc.
Em 1876 entraram mais 1.078 imigrantes, juntando-se aos pioneiros de Rio dos Cedros, Rodeio e Ascurra. Eram da alta Itália, das comunas de Milão, Bérgamo, Mântua, Beluno e Verona. Foi então que em 1878, um grupo de famílias daqueles três núcleos, subindo pelo rio Itajaí-Açu, procurou penetrar nos sertões de Subida e Lontras, domínios vastos dos índios botocudos. A permanente ameaça e perigo provocado pela presença dos índios, serpentes venenosas, tigres e pumas que arrebatavam a criação dos currais e que ameaçavam também os moradores em seus ranchos, mais a febre malária que se alastrava desde a localidade denominada Piave, fez com que este grupo de imigrantes abandonasse aquelas terras, voltando a povoar Ascurra e Aquidaban (antigo nome de Apiúna). Sobrevieram depois algumas famílias alemãs e polonesas, provenientes da colônia do Dr. Hermann Blumenau. Muitos anos depois a população de Apiúna foi acrescida pelos portugueses oriundos das ilhas dos Açores e Madeira. Seguem abaixo os principais nomes dos primeiros moradores de Apiúna:
Por volta de 1867, foi implantado no lugar denominado de Morro Pelado o 1º Rancho, pelo engenheiro alemão Emil Odebrecht, que em 1871 viria a ser conhecido como Rancharia de Passo Odebrecht.
No mês de abril de 1876 o engenheiro Doutor João Maria de Almeida Portugal registrava o projeto da Vila de Aquidaban.
Aos 29 dias do mês de setembro de 1878, com a chegada de 150 imigrantes oriundos dos núcleos de colonização da região, foi fundado o povoado de Aquidabã, na localidade antes denominada de Bugherbach.
Várias foram as denominações dadas a atual Apiúna, entre elas:
Bugherbach: Ribeirão do Bugre, devido à aldeia dos índios Botocudos que ali habitavam.
Ribeirão Neisse: Devido ao ribeirão que corta a sede do município e que também é nome do rio que vem da República Tcheca e com o Rio Oder divide a Alemanha da Polônia, região de uma grande parcela dos imigrantes que aqui se instalaram.
Aquidaban: Também escrito como Aquidabã. A adoção deste nome tem várias versões: Nome em homenagem a Emil Odebrecht, voluntário desta terra na Guerra do Paraguai. Nome de um rio no Paraguai onde em suas margens, em 1º de março de 1870, sucumbiu o Imperador Francisco Solano Lopes, durante a sangrenta Batalha de Riachuelo, pondo fim à guerra. Nome de um encouraçado da Marinha Brasileira, o maior navio de guerra do Brasil na ocasião. Membros da Marinha Brasileira, contrários ao governo de Floriano Peixoto, responsável pelo massacre de Anhatomirim e em 6 de setembro de 1893 as forças republicanas puseram a pique o Aquidaban, navio que estava em poder dos revolucionários. Com a derrubada deste encouraçado deu-se o fim da Revolta da Armada, passando para os anais da história Brasileira e principalmente para a história Catarinense e marcando para sempre a memória dos mais de 300 catarinenses mortos no Forte de Anhatomirim.
Apiúna: A partir de 1º de janeiro de 1944, depois de uma revisão territorial, Aquidaban passou a se chamar Apiúna. Na língua tupi-guarani, Apiúna significa 'cabeço negro', uma referência a montanha arredondada e escura que existe na cidade, o Morro Dom Bosco que tem 390 metros de altura.
Emancipação - Período após 1988
A história da emancipação político-administrativa de Apiúna teve seu início no ano de 1976, mas o projeto do Deputado Nelson Morro foi arquivado. Em 1987 o Deputado Heitor Sché pediu seu desarquivamento e o transformou no Projeto Lei 256/87, o qual deu origem à lei nº. 1.100 de 04 de janeiro de 1988. A emancipação foi assinada pelo então Presidente da Assembléia, Deputado Juarez Furtado.
A instalação do município se deu no dia 1º de junho de 1989. A primeira eleição em Apiúna foi regulamentada pela Lei Federal nº. 7.710, de 22 de dezembro de 1988 e realizada em 16 de abril de 1989. Em 1º de junho de 1989, às 15 horas, em sessão solene no prédio da Prefeitura de Apiúna, o vereador eleito Paulo Petters presidia a primeira reunião, secretariado por Úrsula Kretzer.
Apiúna foi emancipada de Indaial a 04/01/1988 através da Lei Municipal nº1100 e instalado o município em 01/06/1989. A primeira eleição em Apiúna foi regulamentada pela Lei Federal nº 7.710, de 22 de dezembro de 1988 e realizada em 16 de abril de 1989. A instalação do município se deu no dia 1º de junho de 1989. A Câmara de Vereadores de Apiúna realizou sua autonomia administrativa e financeira em 2006, passando a ter contabilidade e quadro de funcionários próprios e transferiu neste ano suas atividades para um auditório amplo com capacidade para 80 pessoas, para atender bem e proporcionar aos munícipes a oportunidade de assistirem confortavelmente as sessões. O auditório foi nomeado de Auditório Paulo Petters. O Vereador Orly participou de todas as 5 eleições para o legislativo de Apiúna, pelo mesmo partido, elegendo-se em todas e ocupando o cargo de Presidente em todos os 5 períodos legislativos.
Foram prefeitos de Apiúna.
1989-1992 Nicanor Morro e Edegar Brandes - PFL
1993-1996 Mário Roedel e Paulo Petters - PFL
1997-2000 Roberto Shulz e Nicanor Morro - PFL
2001-2004 Roberto Shulz e Ranieri Luis Siquela - PFL
2005-2008 Jamir Marcelo Shmidt e Almeida Antônio da Costa - PMDB
2009-2012 Jamir Marcelo Shmidt e Mario Dalri - PMDB
2013-2016 Nicanor Morro (PSD) e Marcelo Doutel da Silva (PSB)
2017-2020 José Gerson Gonçalves(PR) e Marcelo Doutel da Silve(PSB)